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Por que o mercado financeiro cresce tanto

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Para se ter ideia, já há algum tempo, a própria Bolsa se prepara para crescimento de até 30 vezes, com mercado precisando de ainda mais profissionais.

No post de hoje vamos tratar sobre o crescimento do mercado financeiro, para você entender melhor o cenário econômico em que nos encontramos.

Mercado financeiro: o que é e breve história

Na área de economia e finanças, mercado financeiro é como se intitula todo o universo que envolve as operações de compra e venda de ativos financeiros.

O que são ativos financeiros?

De forma resumida, são tudo que tem valor e pode ser negociado justamente no mercado financeiro.

Exemplos: ações, moeda e câmbio, commodities etc.

História do mercado financeiro no Brasil

O mercado financeiro nasceu, essencialmente, quando o primeiro Banco do Brasil foi criado no país, época em que a família real portuguesa ainda se encontrava no país, mais precisamente em 1808.

A primeira bolsa de valores, com as características básicas que conhecemos hoje, surgiu quase 40 anos mais tarde, em 1845, no Rio de Janeiro.

A Bolsa de Valores de São Paulo só apareceu em 1890 e a partir disso o mercado passou por várias transformações ao longo dos anos.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, surgiu a necessidade de uma maior organização financeira no mundo, então surgiram o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional – esse último também conhecido como FMI.

Enquanto isso, no Brasil, foi criada a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) para supervisionar as instituições financeiras existentes.

Em 1964, ocorreu uma reestruturação do mercado financeiro brasileiro – processo conhecido como a Reforma Bancária no Brasil – com a substituição do SUMOC pelo Banco Central do Brasil e a criação do Conselho Monetário Nacional.

Oito anos mais tarde, a Comissão de Valores Mobiliários foi criada.

Depois disso, só em 1988, surgiu o Primeiro Acordo de Capital do Comitê de Basileia, em que os bancos centrais dos países com as maiores economias assinaram um termo para regular procedimentos.

Para o mercado financeiro, essa mudança trouxe alterações como a constituição dos bancos múltiplos – que permitiu a uma pessoa jurídica operar mais de uma carteira: desenvolvimento, investimento e comercial, por exemplo.

No ano de 1994, o Brasil implantou o Plano Real, promovendo uma série de medidas para a recuperação da economia e do mercado financeiro nacional.

Por último, em 2002, verificou-se a necessidade da reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiros no mercado financeiro local.

Dessa forma, então, foi criado o Sistema de Transferências de Reservas e Transferência Eletrônica Disponível.

Bom lembrar também que, há alguns anos, a Bolsa de Valores de São Paulo assumiu o controle de diversas bolsas regionais, finalmente se unindo a Bolsa de Mercadorias e Futuros para se tornar a BM&FBovespa.

Anos 1990 x 2010 para cá

Dentro da história do nosso sistema financeiro, devemos fazer o recorte dessas duas décadas, que é de grande importância para o entendimento do atual sistema financeiro em vigência.

Começando pelos anos de 1990, existiam basicamente apenas bancos em operação.

Mas de 2010 para cá, o crescimento de fintechs e outras instituições financeiras foi exponencial e mudou o mercado.

Os anos de 1990 também ficaram marcados, em grande parte, pelas altas taxas de juros, enquanto hoje temos, por exemplo, a Taxa Selic entre 2% e 3% ao ano.

Além disso, naquela época, o mercado financeiro era bem restrito e inacessível, permitindo praticamente apenas ‘investidores qualificados’ de realizar seus investimentos.

Para se ter ideia, até há pouco tempo, era preciso ter no mínimo R$ 1 milhão investido (investidor qualificado) em mercado financeiro para fazer investimentos mais simples.

Hoje, boa parte das opções para se investir não exigem que a pessoa seja esse investidor qualificado, aumentando a possibilidade de carteiras mais diversificadas.

6 motivos para o mercado financeiro crescer tanto

Globalização

A proximidade que há entre os países quase do mundo todo, desde meados do século XX, facilitou o crescimento de muitos mercados e setores.

Um deles, talvez obviamente, é o mercado financeiro, já que mercados de vários países quebraram as fronteiras que antes existiam ao se unirem.

Dessa forma, todo esse ambiente vem se tornando cada vez mais moderno, mais maduro e mais complexo.

O que traz mais uma consequência: novas formas de atuação dentro dele, ou seja, novas oportunidades!

Até alguns anos atrás trás, praticamente a única carreira existente na área era o de bancário, enquanto agora o cenário está muito mais expansivo.

Democratização da Bolsa de Valores

Dentro do que foi mencionado brevemente no tópico de comparação entre a década de 1990 e de 2010, com o caso do investidor qualificado, este é um exemplo do processo de democratização da B3.

Ou seja, trata-se da abertura do mercado financeiro para que o pequeno investidor, por exemplo, possa ter mais opções de investimento, não se atendo a um público mais limitado de participação.

Cada vez mais de olho no perfil do investidor, a B3 vem realizando pesquisas para entender o público que deseja investir e, depois, tomar medidas que facilitem o crescimento de participação nesse sentido.

Grande queda da taxa de juros

A queda gigante da taxa de juros limita ainda mais o investimento em renda fixa, fazendo se tornar essencial mexer com renda variável.

Grande parcela dos investidores, por costume cultural, foram atrelados a aplicações em renda fixa como a poupança.

Com a queda da taxa de juros, que conduz boa parte dos rendimentos em renda fixa, a renda variável ganha bastante força dentro do mercado.

Dessa forma, não só mais investidores optam por fazer aplicação em renda variável, bem como as oportunidades de atuação nessa área se abrem em boa proporção.

Crescimento de fintechs e mais instituições financeiras

Primeiro, para quem não sabe, fintech é um termo que surgiu da união de palavras financial e technology, que denomina as empresas ou startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro.

Esse acontecimento derrubou a filosofia adotada por bancos convencionais, revolucionando o mercado nesse sentido.

Diariamente, escritórios, agentes autônomos, fintechs e instituições financeiras surgem, ampliando o campo de atividade no mercado.

Maior interesse do público pelo mercado financeiro

Pesquisas recentes mostram o aumento do interesse do povo brasileiro por assuntos financeiros.

Por exemplo, a pesquisa realizada pela Xpeed, braço da educação da XP Inc., e o Instituto Locomotiva mostra que metade dos entrevistados procuraram mais por assuntos relacionados às finanças do que em 2019.

Além disso, o mesmo estudo mostra grande espaço de expansão para aprendizado e atuação, já que 90% apontam ter necessidades em termos de educação financeira.

Enquanto isso, a pesquisa Raio X do investidor mais recente, realizada pela Anbima, revela que o número de investidores saiu de 42 para 44%.

Isso ganhou ainda mais força durante a pandemia, quando o número de contas cadastradas na B3 saltou de 1,6 milhão em 2019 para 3,17 milhões em 2020.

Bom nível de remuneração

Outro grande atrativo do mercado financeiro é que costuma remunerar bem, ainda mais devido ao seu alto crescimento, como já citado neste texto algumas vezes.

Seja tendo algum emprego que envolve o setor ou investindo mesmo, os retornos, salários e rendimentos, geralmente, se destacam quando comparados a outros mercados.

Assim, o número de interessados que já vem crescendo tem potencial para ainda mais evolução com o passar do tempo.

Em resumo, o mercado financeiro tem crescido devido à vasta cadeia de oportunidades que ele passou a oferecer, tanto para os clientes que usam o sistema, quanto para os profissionais que atuam à frente do setor.

Interessado em saber mais, seja para investir, seja para seguir carreira, fale com nossos especialistas.

Fonte: xpeed

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